Raquel Montero - Advogada em Ribeirão Preto

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Denúncia no Ministério do Trabalho

16/02/2018

 
Na Avenida Costábile Romano, esquina com a rotatória da Unaerp, em Ribeirão Preto, tem um posto de combustível Petrobrás-BR, onde eu abastecia o carro. Abastecia. Não abasteço mais.
 
Não abasteço mais desde que vi como os funcionários do posto têm que fazer a lavagem de carros nesse posto. Eles fazem isso num local sem proteção contra exposição ao sol e chuva. O que foi feito pelo posto para tentar inibir a exposição ao sol e a chuva foi uma pseudo cobertura no estilo tenda, que tem só um tecido por cima e as laterais são todas abertas, e, ainda assim, o tecido da tenda não cobre toda a parte de cima do local, que contém aberturas.
 
Quando vi isso, vi também o funcionário que estava fazendo a lavagem ter que parar a lavagem porque começou a chover, e como a chuva demorou em passar, o funcionário, constrangido em deixar o cliente ficar esperando, terminou a lavagem durante a chuva mesmo. Quando acabou a lavagem o funcionário estava com o uniforme molhado.
 
Perguntei ao funcionário se ele tinha outra roupa ou uniforme para colocar em substituição ao que ficou molhado. Ele disse que não, ou seja, o funcionário ia continuar trabalhando com o uniforme molhado até ir embora. Nessa mesma oportunidade vi que o braço desse mesmo funcionário estava queimado de sol, e com marcas que se encaixavam direitinho onde terminava o uniforme dele no corpo, e foi quando perguntei também se o posto fornecia protetor solar e óculos solar.
 
Solicitei conversar com o gerente do posto que estivesse trabalhando naquele momento. Fui apresentada para o gerente de nome Luciano. Relatei essas circunstâncias para ele e minha indignação e lamento pelas condições deficientes de trabalho que um posto de combustível proporciona a seus trabalhadores. Expressei como essa situação é ofensiva à saúde dos trabalhadores e tão desnecessária, tendo em vista que com investimentos ínfimos ela poderia ser tão melhor, além de tal imagem depreciar o posto ao dar margem ao pensamento de que o posto parece não valorizar os trabalhadores que tem ao não proporcionar as melhores condições possíveis a seus trabalhadores.
 
E quando falei de "melhores condições possíveis de trabalho a seus trabalhadores" tentei fazê-lo refletir o quão feio se apresenta um posto de combustível que não acha possível proporcionar a seus trabalhadores um local coberto, sem exposição a sol e chuva, para lavagem de carros.
 
Por fim, disse ao gerente Luciano que eu voltaria a passar pelo posto para ver se algo mudou nesse sentido, e que se em um mês eu não visse mudança eu faria uma reclamação no Ministério do Trabalho.
 
O tempo passou, mais três meses vieram e nada mudou naquele situação. Assim sendo, fiz o registro ontem no Ministério do Trabalho, e, ato contínuo, voltei ao posto para mostrar ao gerente o protocolo do registro e para dizer que naquele posto eu não consumo mais, porque não concordo com condições de trabalho que o posto proporciona a quem trabalha para ele.
 

       Raquel Montero 

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